O Jesus que eu nunca conheci


Autor: Philip Yancey

Geralmente, quando falamos a palavra “Jesus”, imaginamos um homem caucasiano, de olhos claros, voz mansa, com um ar riponga ou um líder revolucionário, agitador da massa. Após inúmeras pesquisas tanto em filmes, seminários e bibliotecas de diferentes religiões, Yancey apresenta Cristo sob um outro prisma do geralmente não comentado nas igrejas e em outros livros. O que gosto nele é a franqueza de admitir as dúvidas, o caráter questionador (porém não cético). Identifico-me. Gosto ainda mais da capacidade de procurar por respostas e apresentar nova argumentação.



Fatos históricos, políticos e sociais da vida de Jesus são levados em consideração quando ele comenta a vida desse indivíduo que marcou a História. O capítulo do sermão do monte é... UAU! Nunca ouvi/li dessa forma. Quem tem uma visão açucarada de Cristo talvez não goste da imagem retratada. Recomendo fortemente aos questionadores, aos que gostam de pensar de outra maneira, de sair do “senso comum”. O livro é maravilhoso!



“Como o ato de dizer às pessoas que fossem boas umas para com as outras pôde levar à crucificação de um homem?”


“Quando liguei o meu computador hoje de manhã, o Microsoft Windows piscou a data, implicitamente reconhecendo que, quer você creia, quer não, o nascimento de Jesus foi tão importante que dividiu a história em duas partes. Tudo o que já aconteceu neste planeta encaixa-se em uma categoria antes de Cristo ou depois de Cristo.”



“Sinto-me atraído por Jesus irresistivelmente, porque ele se posicionou como o divisor de águas da vida – minha vida. “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus”, ele disse. De acordo com Jesus, o que penso dele e como reajo vai determinar meu destino por toda eternidade.”



“Das muitas razões para a encarnação, certamente uma foi para responder à acusação de Jó: ‘Tens olhos de carne?”. Durante algum tempo, Deus teve."



“Ocorre-me que todas as teorias distorcidas acerca de Jesus espontaneamente geradas desde o dia de sua morte só confirmam o tremendo risco que Deus assumiu quando se estendeu sobre a mesa de dissecação – risco que parece ter aceito de bom grado. Examinem-me. Testem-me. Tirem suas conclusões.”



“A arte do Natal apresenta a família de Jesus em imagens prensadas de papel dourado, em que Maria, calma, recebe as boas novas da anunciação como um tipo de bênção. Mas isso não é tudo que Lucas conta na história. Maria ficou “grandemente perturbada” e “teve medo” como o aparecimento do anjo, e, quando o anjo pronunciou as sublimes palavras acerca do Filho do Altíssimo cujo reino não teria fim, Maria teve uma idéia muito mais mundana em sua mente: Mas eu sou virgem!”



“Nove meses de desajeitadas explicações, o prolongado rastro do escândalo – parece que Deus preparou as circunstâncias mais humilhantes possíveis para a sua entrada, como se fosse para evitar qualquer acusação de favoritismo.”



“Quanto mais conheço Jesus, mais impressionado fico com o que Ivan Karamazov chamou de “milagre da restrição”. Os milagres que Satanás sugeriu, os sinais e as maravilhas que os fariseus exigiram, as provas irrefutáveis pelas quais anseio – nenhum deles oferecia sério obstáculo a um Deus onipotente. Mais espantosa é as sua recusa de agir e de esmagar. A terrível insistência de Deus na liberdade humana é tão absoluta que ele nos garantiu o poder de viver como se ele não existisse, de cuspir na sua face, de crucificá-lo.”



“Essa qualidade de restrição em Jesus – alguém quase poderia chamá-la timidez divina – me tomou de surpresa. Percebi que, enquanto absorvia a história de Jesus nos evangelhos, esperava dele as mesmas qualidades que encontrara na igreja fundamentalista do sul, na minha infância. Ali, muitas vezes me sentia vítima de pressões emocionais. A doutrina era servida num estilo assim: “Creia e não faça perguntas!”. Manejando o poder do milagre, do mistério e da autoridade, a igreja não deixava lugar para as dúvidas. Também aprendi técnicas manipuladoras para “ganhar almas”, algumas das quais implicavam uma distorção de mim mesmo para a pessoa com a qual eu falava. Mas agora não sou capaz de encontrar nenhuma dessas qualidades na vida de Jesus.”



“Jesus viveu um ideal de realização masculina que dezenove séculos mais tarde ainda escapa à maioria dos homens. Três vezes, pelo menos, ele chorou na frente dos seus discípulos. Não ocultou seus temores nem hesitou em pedir ajuda: “A minha alma está cheia de tristeza até a morte”. Quantos líderes fortes de hoje se mostrariam tão vulneráveis?”



“Que significado podem as bem-aventuranças ter para uma sociedade que honra o agressivo, o confiante e o rico?


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Fonte: Blog da Sarah

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